Mudanças climáticas, direitos humanos e a responsabilidade na escolha de líderes políticos com um olhar local a este tema
22/07/2022 às 13:49
Mais uma vez, referenciando a questão climática com os direitos humanos, com foco na qualidade de vida dos seres humanos, dos animais e do ecossistema do planeta como um todo, fica a dica para quem quiser acompanhar a entrevista publicada no Jornal do Comércio desta sexta-feira (22/07), com uma especialista no tema ambiental.
É Lisa Fernandez, Diretora Associada do Centro de Comunicação em Mudanças Climáticas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Ela supervisiona a divulgação e as comunicações relacionadas aos resultados da pesquisa, a estratégia e as operações do programa. Formada em Princeton, tem MBA e Mestrado em Estudos Ambientais por Yale. Já trabalhou com conservação ambiental nas cidades e com desenvolvimento sustentável nos EUA e na América Latina. Atuou como consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e do Banco Mundial. Foi bolsista do World Wildlife Fund-EUA e trabalhou com planejamento implementando a política de resíduos sólidos para a cidade de Nova York. É co-autora de “Toward a New Consciousness: Values to Sustain Human and Natural Communities e Institutionalizing Sustainability in Higher Education”.
Ela prega a importância de ações locais em prol do meio ambiente, com as cidades repensando suas ciclovias, transporte urbano, arborização, entre outros itens. “As mudanças climáticas tão importantes em nível local, porque é onde os eleitores sentem o maior impacto das políticas e podem responsabilizar seus líderes”. O alerta é importante para nós brasileiros, às vésperas de mais um pleito.
“Para o tipo de trabalho que fazemos em comunicação, a chave é que as autoridades locais estejam constantemente explicando e divulgando que há uma conexão entre o aquecimento global e o que as pessoas estão vendo e sentindo no nível local em termos de impacto. A ideia é transmitir essa informação e essa conexão em todas as oportunidades. Descobrimos em nossa pesquisa que existe o que chamamos de “espiral de silêncio do clima”. Por exemplo, os políticos não pensam que seus eleitores se preocupam com as mudanças climáticas, então não falam sobre isso. Mas o oposto é verdadeiro: mais de 75% dos norte-americanos acreditam que a mudança climática está acontecendo e mais da metade agora entende que é causada pelo ser humano. Há um consenso crescente entre o público, de que é real e precisa ser abordado. E é uma questão que pode levar à vitória e não à derrota. Estamos vendo cada vez mais plataformas de campanha de políticos locais optando por usar as palavras “mudanças climáticas” e propor soluções diretamente no nível local, porque é com isso que os eleitores se preocupam. É mais verdade, é claro, entre progressistas e liberais, mas também é verdade com os políticos do espectro mais conservador, particularmente em nível local”.
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