É dever da sociedade erguer a voz na defesa dos povos e territórios indígenas

14/12/2022 às 14:12

É dever da sociedade erguer a voz na defesa dos povos e territórios indígenas

O falecimento do “Índio do Buraco”, no dia  04 de novembro, reacende a discussão sobre a proteção das terras e do povo indígena. “Índio do Buraco” era o último sobrevivente da terra Tanaru, cuja memória precisa ser preservada, bem como o seu território, para pesquisas antropológicas.

 

É necessária a renovação das portarias de restrição de uso das terras indígenas Pirititi, Piripkura, ao lado da Tanaru, com definições sobe a destinação desta última.

 

A APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) alega o risco real de extermínio destes povos, em razão de ações e omissões do Governo Federal, que não vem agindo no sentido de proteger a vida, a integridade física e dos territórios desses povos.

 

O julgamento pelo STF, analisando a decisão liminar do ministro Edson Fachin de determinar ao Governo Federal a adoção de todas as medidas necessárias para garantir a proteção integral de territórios com a presença de povos indígenas isolados foi interrompido, na última sexta-feira, com pedido de destaque pelo ministro Nunes Marques nesta segunda-feira (12).

 

Agora resta aguardar para ver quando o tema voltará à pauta do STF. A questão merece atenção e agilidade.  Sofrido e enfraquecido, o povo indígena não tem como erguer sua voz na defesa de seus direitos.  Uma voz que deveria ganhar eco por parte de toda a sociedade, na preservação não apenas da vida e dos direitos humanos, mas da história que permeia nosso país. Uma história para ser lembrada e contada com dignidade e não com a violência e a precariedade que acompanha o triste extermínio destes povos.