O que esperar de 2024?
Por Marco Túlio De Rose
20/02/2024 às 09:34

O ano útil brasileiro começa quando o Carnaval termina. Isto acontece principalmente quando os astros deixam a Festa para meados de fevereiro, como aconteceu este ano.
Por isso, com a cabeça refrescada pelos descansos de verão, este é o bom momento para previsões.
Dividi minhas expectativas, no que diz respeito aos poderes constituídos e ao cooperativismo, principalmente nas áreas de crédito e saúde suplementar. No fim, deixo um recado para a Sociedade.
Esquematicamente, esperamos:
Do Judiciário
-mais presteza nos julgamentos, principalmente em primeira instância, onde os processos andam muito lentos. Talvez uma triagem, diferenciando a condução do processo de sua decisão, atribuindo as tarefas a magistrados distintos, isso possa ajudar.
- Em contrapartida, menos liminares, que deixam praticamente resolvida a questão de mérito, sem sequer ouvir a parte contrária, tornando o resultado final praticamente inútil
- também maior rigor na concessão de gratuidade de custas e honorários advocatícios. Judiciário não pode ser loteria a custo zero.
Do Legislativo
- leis ponderadas, pois as safras desta legislatura foram péssimas, para quem tem de lidar com elas, como exemplificam a lei do piso de enfermagem e a lei de “flexibilização” do rol de procedimentos da saúde suplementar;
Do Executivo
- retomada dos padrões culturais, sanitários e sociais abandonados pelo governo federal anterior. Combate ao negacionismo nas vacinações.
Para a Saúde Suplementar Cooperativa
-que seja bloqueada a atual iniciativa de mudança da Lei de Planos de Saúde, que é péssima;
- que comece um debate sério sobre o custeio dos serviços de alto custo, quem sabe unindo saúde suplementar e sistema único.
Para o Crédito Cooperativo
-prossiga o Banco Central com a boa política regulamentar e fiscalizatória que vem praticando.
Para o Cooperativismo em Geral
-Seja proibida a excrescência que é a penhora de quotas partes de capital dos cooperados, de profunda índole inconstitucional, a exemplo do que já ocorre na lei das cooperativas de crédito.
- que a reforma tributária reconheça a especificidade do ato cooperativo, levando em conta as diversidades dos ramos cooperativos.
Para a Sociedade em Geral
- espero que seja superado o radicalismo de posições políticas, com as pessoas focando no que é comum a todos os “homens de boa vontade”.
São mais que previsões, esperanças.