Ansiedade ou depressão? Psicólogas palestram sobre o tema para a equipe da De Rose Advogados
12/08/2025 às 10:18

Ansiedade ou depressão? Os sintomas se assemelham, mas como saber a diferença? Para tirar estas e outras dúvidas sobre o tema, as psicólogas Carla Cardoso Steiner e Evelyn S. Reyes Vigueras, da equipe da Unimed, estiveram na sede da De Rose Advogados, palestrando para a equipe nesta quinta-feira (11).
Evelyn abriu o encontro, mencionando que “ansiedade e depressão geralmente andam juntas”. Enquanto a depressão tem foco em sentimentos do passado, culpa e desesperança, a ansiedade foca no futuro, acompanhada do medo da incerteza.
As causas da depressão podem estar na genética, na química cerebral, no ambiente e até no estilo de vida. Atividade física, bem dormir e bem comer podem ajudar na melhora dos sintomas, “exceto quando há componentes genéticos. Nestes casos, só medicação não adiante, é preciso um acompanhamento psicológico para que a pessoa possa se conhecer melhor”.
Mas como reconhecer a depressão? Evelyn cita a tristeza, o choro fácil, a apatia, o sentimento de falta de sentimento, até mesmo tédio. No entanto, a depressão também pode ser confundida com tristeza. E qual a diferença entre ambas? “A tristeza é passageira, aparece em resposta a algum contexto de vida. A depressão é um estado patológico que causa intenso sofrimento”.
Entre os principais sintomas da depressão cela cita: humor deprimido, irritabilidade, baixa autoestima, desinteresse por atividades que antes eram prazerosas, reduzida capacidade de atenção, que também pode vir associada ao choro. Falas de otimismo por parte de quem está ao lado de uma pessoa com este quadro podem ajudar.
Ansiedade
Carla Cardoso abordou a ansiedade, mencionando que afetou 301 milhões de pessoas em 2019, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, publicados em 2023. A ansiedade e o medo também caminham lado a lado. Segundo ela, o medo é a resposta emocional a uma ameaça real ou percebida, enquanto a ansiedade é a antecipação de uma ameaça futura.
Entre os transtornos da ansiedade estão: fobia, mutismo seletivo, ansiedade social, transtorno de pânico, agorafobia, ansiedade generalizada. A ansiedade pode perdurar por muitos meses, seguida de inquietações “e com a sensação de se estar com os nervos à flor da pele”. Cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, alteração do sono complementam o quadro.
Comum entre muitas pessoas, o ataque de pânico sintetiza uma crise de ansiedade, trazendo palpitações, sensação de falta de ar, asfixia, suor e a até medo da morte. No entanto, o próprio corpo desencadeia respostas através do sistema parassimpático, que aplaca a crise em pouco tempo. “Mesmo que não se faça nada, não se tome atitude, a crise vai passar”.
A psicóloga orienta sobre a importância de se identificar emoções como alegria, tristeza, raiva e medo, transmitindo-as a terceiros, em especial a um profissional especializado, pois esta troca ajuda a superar a dificuldade. “Todas as emoções são importantes, cada uma tem o seu papel”.