Um novo olhar e reforço à luta pelos direitos fundamentais dos povos indígenas

É bem-vinda a presença do líder indígena Weibe Tapeba no comando da Secretaria Especial da Saúde Indígena, designado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade. Ele ergue a voz em defesa dos povos Yanomami, em extrema vulnerabilidade, devido a falta de assistência básica em que estão expostos, ampliada durante a Pandemia da Covid-19.

Segundo a mídia, uma das intenções de Tapeba é a instalação de um gabinete de crise para avaliações das reais demandas dos Yanomami e outros povos. Ele vê como prioridade contratos de prestação de serviços que incluam principalmente transporte para deslocamento de pacientes  com doenças graves, para média e alta complexidade.  Outras prioridades passam pela ampliação de investimentos para saneamento básico e ambiental dentro dos territórios indígenas para o acesso a água e fiscalização das ações de saúde adotadas.

Na visão do coordenador executivo da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), Kleber Karipuna, o movimento indígena consegue tomar um posicionamento importante de se incorporar ao governo para ajudar na condução da política indigenista do Estado brasileiro, seja na área da saúde, educação, na política de proteção territorial e na demarcação das terras indígenas. Ou seja, um avanço nestas questões tão importantes que envolvem direitos fundamentais.

Weibe Tapeba é o primeiro indígena a liderar a SESAI, que foi criada em 2010. Karipuna avalia que sua presença no atual Governo traduz uma conquista para os povos indígenas, projetando uma política indigenista de qualidade e mais próxima da realidade de todos os povos indígenas do Brasil.