Questões indígenas precisam de constante atenção e respostas rápidas aos seus anseios
Publicações - 18/04/2023 às 10:05

Alguns temas merecem permanente destaque na mídia. Nossos meios de comunicação (rádio, jornal, TV, redes sociais), por melhores e mais qualificados que possam ser, ainda pecam pela excessiva ênfase de algumas notícias que, infelizmente, acabam ficando em segundo plano devido a novas e importantes pautas que giram na roda-viva da mídia, seja nacional ou internacional. Um exemplo, a situação dos povos indígenas, em especial os Yanomamis, que até recentemente permeavam os noticiários país afora.
No dia 20 de janeiro, a agência Sumaúma noticiou que 570 crianças de até cinco anos morreram de doenças evitáveis, entre 2019 e 2022, na Terra Indígena (TI) Yanomami (AM-RR). Fotos de crianças e idosos esquálidos, desnutridos, divulgadas na imprensa e nas redes sociais causaram comoção dentro e fora do Brasil.
O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, foi a Roraima avaliar a crise. O governo decretou emergência de saúde na área e anunciou uma série de medidas, como o envio de equipes médicas à região e a instalação de um hospital de campanha em Boa Vista.
De lá para cá, que outras informações sobre esta tragédia humanitária estão vindo à tona?
Como estão estas crianças, que ajuda já receberam, em que situação os povos de outros territórios se encontram?
Muitas são as perguntas e as dúvidas que pairam no ar sobre esta temática.
A questão indígena não poderia sair da mídia, merecendo pauta permanente, entre outras, já que vivemos tempos de insegurança social. O colegiado formado pelos ministérios dos Povos Indígenas, da Saúde, da Defesa, da Justiça, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, envolvidos nesta causa, precisam agir rapidamente.
O futuro dos povos indígenas depende de ações rápidas, concretas, eficientes. A fragilidade em que se encontram não pode esperar. Trata-se de uma situação que demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, de danos e de agravos à saúde pública, em situações que podem ser epidemiológicas (surtos e epidemias), de desastres ou de desassistência à população.
Tanto os Yanomamis quanto os demais povos indígenas precisam e merecem esta atenção e respostas permanentes aos seus anseios. Só assim, este jogo poderá ser virado!